Ano de prêmios, ano de compartilhar alegrias

Percursos literários e imagéticos de um escritor e ilustrador de livros infantis e juvenis.
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Dia 27, começou nossa participação na 5ª Jornadinha Nacional de Literatura. Mas a festa teve seu princípio antes...
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Bem, creio que a maioria dos leitores deste blogue sabe que, além de escrever, contar histórias e ilustrar, adoro teatro. Ano passado recebi convite bem bacana. Fazer a dramaturgia e dirigir o Grupo de Teatro Hora Vaga, de Garibaldi/RS. Aceitei. Primeiro, porque percebi um terreno fértil para burilar meu lado humano, meu lado artista. Segundo, porque o texto traz uma discussão urgente e necessária à sociedade contemporânea. E terceiro, não menos importante, a grana era boa.
O Hora Vaga é um grupo tri profissional. Atua há 11 anos na Serra Gaúcha, e já viajou até pro exterior. Hum, te mete! Eles são bons mesmo e levam muito a sério a popularização do teatro.
Seis meses de muito trabalho, muita risada, massa a bolognesa, rúcula e radicci, muita pesquisa, falta de recursos, noites sem dormir para, enfim, a estreia em abril de 2009. Praça lotada! Até o prefeito estava lá! Bem, com uma forcinha de gente do lugar, profissionais da Cidade para fazer cenários, preparação vocal, etc, o espetáculo ficou muito bom mesmo. E o resultado concreto desse trabalho profissa e apaixonado de todos nós - além de seduzir plateias dos arredores de Garibaldi e de Porto Alegre - chega agora, por celular, quando o Tadeu me liga pra avisar que o Hora Vaga, único grupo gaúcho selecionado para o XXXIII Festival Nacional de Teatro de Pindamonhangaba/SP, arrebatou nada mais nada menos do que nove troféus das doze categorias a que concorria no gênero Teatro de Rua. Uhuhuhuhuhuhuhu!
São elas:
Melhor Espetáculo - O homem da cabeça de papelão
Melhor Direção - Hermes Bernardi Jr.
Melhor Pesquisa - Grupo Hora Vaga
Melhor Ator Coadjuvante - Niel Medeiros
Melhor Atriz Coadjuvante - Odelta Simonetti
Melhor Cenário - Hermes Bernardi Jr. e Patricia Pasini
Melhor Figurino - Hermes Bernardi Jr.
Melhor Maquiagem - Odelta Simonetti
Prêmio Especial do Júri - Pela produção de arte e conjunto de adereços
O espetáculo parte de uma adaptação dramatúrgica que fiz junto ao grupo nos laboratórios de criação. O conto homônimo O homem da cabeça de papelão, escrito em 1920 pelo cronista João do Rio, vira espetáculo. Está tudo lá: a padronização da sociedade, políticos corruptos se safando, gente-lebre em pele de cordeiro comendo à nossa mesa de jantar, e mais um monte de ingredientes básicos de uma sociedade em nada parecida com a contemporânea. Será?
Levamos essa reflexão às ruas, através da sátira, do riso frouxo, e do distanciamento. Uma das falas de Antenor, nosso protagonista, nossa voz poética, deu a direção de nossa concepção: "Cabeças e relógios querem-se conforme o clima e a moral de cada terra."
A encenação: Antenor nasce e cresce na capital do País do Sol, onde dizer a verdade não é prática habitual. Nem político, nem mãe, nem ninguém. Antenor é diferente dos demais - insiste em falar sua verdade verdadeira sempre que algo lhe incomoda. E se dá mal. Rechaçado pelos companheiros de trabalho, pela família, incluindo sua mãe, que afirma ser sua má cabeça o motivo de tantos problemas, o jovem acaba se jogando ao deleite de uma paixão, Maria Antônia, a filha da lavadeira. Safadinha, a moça lhe exige trocar a cabeça para que aceite seu pedido de casamento. Na dúvida Antenor entra em uma relojoaria e é convencido pelo relojoeiro a deixar sua cabeça para avaliação. Em troca, o esperto comerciante vende-lhe uma cabeça fabricada em série, uma cabeça de papelão, última moda e a mais usada no País do Sol. Ah, mal Antenor sai à rua de cabeça nova, seu comportamento muda. Umas mentirinhas aqui, uma dose de corrupção acolá, traições mais adiante... e nosso protagonista vai ganhando a simpatia dos cidadãos solarianos, é eleito senador e logo sai em campanha para a presidência, aclamado pelo povo do País que, apesar de se chamar Sol, chove muito. Mas ao entrar na antiga relojoaria, Antenor encontra uma cabeça que não requereu reparo algum. A sua. Original. Perfeita! Voltará a usá-la?
Dionísio, Baco... Evoé, Hora Vaga!
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Bem, como podem perceber no convite do post abaixo, este ano receberei o Troféu Palavra Viva, instituído pelo Sintrajufe-RS.
Através da Secretaria de Cultura do Sintrajufe-RS, agradeço ao sindicato e seus associados pela honraria, abraçando-os pela dedicação à promoção de leitura e produção literária ao criar o Concurso Mario Quintana, bem como instituir o Prêmio Palavra Viva.
Compartilho esta alegria com...
Meus familiares e amigos, pois, ao acreditarem, me concedem também o acreditar;
Colegas de escrita e imagem, por caminharmos juntos nesse caminho tão árduo e prazeroso;
Produtores de eventos literários e divulgadores Brasil afora, por encurtarem as distâncias entre minha produção e o leitor;
Meus editores e suas competentes equipes, pois me dão o feliz aval para continuar criando;
Imprensa, por me apoiar desde sempre;
Professores e bibliotecários, porque fazem a mediação necessária e qualificada;
E, claro, meus pequenos grandes leitores - fim e começo de minha necessidade de comunicação através das palavras e imagens.
Segue a apresentação do Prêmio que muito me honra receber em ano tão profícuo.
TROFÉU PALAVRA VIVA
Toda palavra literária é fonte de reflexão e de prazer. No tanto que possui de arte, abre os olhos e as consciências, torna o ser humano cidadão de fato, visto que a leitura é condição essencial de vida e de transformação. Assim, escritores e escritoras, através da singular arquitetura das palavras, fomentam novas consciências, novas possibilidades existenciais, novas experiências estéticas. Escrever e ler, pois, são condições essenciais para, de fato, se estar vivo.
Nessa dimensão, a partir da realização do 2º Concurso Literário Mario Quintana, a Secretaria de Cultura do SINTRAJUFERS, instituiu o TROFÉU PALAVRA VIVA, com os objetivos de homenagear autores gaúchos pelo conjunto de sua obra; divulgar a produção literária realizada no Rio Grande do Sul; ressaltar a qualidade da literatura sul-rio-grandense em todas as suas manifestações.
Assim, anualmente, sob a coordenação da Secretaria de Cultura, será escolhido(a) um(a) escritor(a) gaúcho(a) que receberá homenagem por sua dedicação à escrita literária, sendo-lhe entregue o troféu PALAVRA VIVA, em cerimônia a ser realizada no segundo semestre de cada ano.
Em 2006, o homenageado foi o escritor Sérgio Napp, em virtude do conjunto de sua obra e pela sua dedicação à arte literária, bem como pelo seu trabalho como diretor da Casa de Cultura Mario Quintana, durante três gestões, promovendo diversas atividades que visavam à formação e qualificação dos leitores gaúchos. Em 2007, a homenagem foi para Marô Barbieri. Escritora de vários livros que priorizam o público infantil, a autora tem desenvolvido atividades de formação de leitores, destacando-se também como promotora de eventos de capacitação de professores, tais como o Encontro Internacional de Contadores de Histórias e o 1º Fórum de Literatura Infanto-Juvenil de Porto Alegre, além de presidir a Associação Gaúcha de Escritores (AGE) durante duas gestões, reativando a instituição e idealizando, junto com o grupo de diretores, o Prêmio Livro do Ano. Em 2008, a homenagem foi para o escritor e editor Walmor Santos. À frente da editora WS Editor, Walmor revelou o nome de vários autores gaúchos, ao publicá-los e ao implementar o projeto “Autor na Sala de Aula”, que contribui com a formação de leitores literários na capital e em várias cidades do interior do RS, por vezes atendendo também cidades de SC e PN. Walmor Santos é contista, poeta e romancista, tendo texto escritos para crianças, adolescentes e adultos.
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A escritora Socorro Acioli deu uma dica bacana em seu twitter. Compartilho com vocês. Paula Tesser e Pierre Benichou cantando músicas brasileiras para crianças francesas.
Não consegui realizar a incorporação direta aqui no blogue, mas sugiro a vista à página do youtube para que possam conferir: http://www.youtube.com/watch?v=miqj5fMJ7OE&feature=related
Além deste, há outros vídeos de Paula cantando na mesma escola maternal.
Dia 05 de outubro participei da Feira do Livro de Montenegro/RS. Além de levar minha Colcha de Histórias para contar histórias pela manhã, à tarde realizei a oficina Jogos e brincadeiras para a formação do leitor junto aos bibliotecários da região. Bem, a feira não poderia estar instalada em lugar mais bonito da Cidade: a Estação Férrea, recentemente restaurada. Encontrei circulando pelos estandes o amigo e escritor Oscar Bessi, que deu-me de presente seu livro O outro lado do caleidoscópio que, tão logo eu termine algumas leituras que estão na fila de espera, prometo devorá-lo. Estou esperando algumas fotos para postar aqui. Por enquanto fiquem com esse relato e um agradecimento especial a Luci - do SESC Montenegro - e Simone, da Biblioteca Pública, excelentes anfitriãs.
No finalzinho da tarde fui para Lajeado (Ufa!), onde começamos nossa oficina de criação de textos infantis, onde eu já havia estado dia 01 de outubro palestrando sobre LIJ ao lado de Dilan Camargo. Infelizmente não poderemos dar continuidade à oficina nesse momento devido a minha agenda, mais que tresloucada. Espero podermos sanar esse imprevisto em breve! Agradeço a Júia e Magali, pelo empenho.
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Hora do banho, dentes de leite!
Histórias em imagens. Muito bom! Vale a pena um riso frouxo e infantil. Feliz Dia da Criança a todos!
Chiiiiii! Mestre-cucas de meia tigela!
Faça como os dentes de leite, assista ao belo filme O balão vermelho.
Visite os dentes de leite, aqui.
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Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1924: o presidente da República, Arthur Bernardes, assina o Decreto nº 4.867, instituindo o Dia das Crianças. Brasília, 8 de janeiro de 2009: o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sanciona a Lei nº 11.899/09, criando o Dia Nacional da Leitura. Embora separados por 85 anos, os dois documentos apresentam instigante coincidência: ambas as comemorações ocorrem em 12 de outubro. Analogia ainda mais emblemática, contudo, refere-se ao fato de ser decisiva para o sucesso d o desenvolvimento brasileiro a capacidade de prover em larga escala o acesso aos livros por parte da infância e da juventude.
Saiba mais>>
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Em meio à finalização (Ufa!) das ilustrações de meu novo livro que sai em breve pela Larousse Jr./SP, dou conta de continuar esse maravilhoso trabalho de ir à feiras de livros e escolas. E dinate desse, que parece um trablaho exaustivo para alguns, descubro o prazer de me maravilhar com as perguntas das crianças, dos adolescentes, das professoras e bibliotecárias, que sempre lançam um olhar diferente sobre meus livros e me alimentam de novas possibilidades criativas.
Na última semana voltei ao Colégio Salesiano Dom Bosco, por conta da adoção de meu livro Doido pra voar (Editora Artes e Ofícios -2009). Foi incrível ver como as crianças se libertam com um bate-papo descontraído sobre literatura quando assim o propomos.
Saiba mais>> Além desse encontro, estive na semana passada palestrando, contando histórias e ministrando oficinas na 7ª Feira do Livro de Alegrete/RS, da qual meu amigo escritor Dilan Camargo foi o patrono. Apesar da distância, a viagem foi super agradável, pois o dia estava lindo e lembrei da crônica que Caio Fernando Abreu escreveu, na qual afirmava que o pampa é lindo. É sim.
Em Alegrete, muitos imprevistos, mas tive minha primeira experiência com um público que ainda considero um mistério, mas para o qual começo a me dedicar a escrever: os adolescentes. Tivemos um bate-papo ótimo. Descobri coisas bacanas e, que sim, eles são gente muito interessada em leitura quando ela lhes chega com paixão, carinho, dedicação. Meu super agradecimento a Deise e equipe organizadora.
Já na terça-feira tive o prazer de mediar uma mesa da AEILIJ-RS, na qual debatemos Texto e imagem - diálogos possíveis e necessários. A mesa, que aconteceu durante a 25ª Feira do Livro de Caxias do Sul, não podia estar mais do que especial com as presenças da experiente editora da Artes e Ofícios, Elaine Maritza; a ilustradora que sempre me serviu de inspiração, Laura Castilhos e, o ilustrador e amigo que acaba de receber o Prêmio Jabuti de Ilustração, Odilon Moraes.
Meu agradecimento à generosidade dos palestrantes, bem como ao carinho e atenção dedicados a nós pela equipe do PPEL, coordenado pela eficiente e incansável Luiza Motta. Além, claro, da presença atenta e participativa do Secretário da Cultura da Cidade, Sr. Antônio Feldman, a quem, na função de coordenador regional da AEILIJ, agradeço muitíssimo a oportunidade de firmar essa parceria de nossa querida Associação com a organização da Feira do Livro de Caxias do Sul, desejosando que ela seja profícua para projetos futuros.
E um abraço forte a Patrona da Feira, Maria Helena Balen, que nos recebeu com um sorriso enorme, e esteve interessadíssima no tema debatido na mesa da AEILIJ-RS.
Crédito da foto de Maria Helena: Luiz Chaves
Quanto às ilustrações que estou finalizando... Ah! Só vendo o livro depois de publicado, mas creio que as crianças vão adorar. Digo isso por que já tive retorno do Gabriel - 07 anos - que hoje deu uma espiada e opinou muito favoravelmente sobre elas.
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Rio de Janeiro, Copacabana, Rua Santa Clara, um domingo qualquer, final de tarde, um café, um bate-papo descontraído com o jornalista Ramon Mello. Gravamos a entrevista, na qual falamos da infância, de meus lançamentos do primeiro semestre de 2009, sobre Caio Fernando Abreu e, claro, sobre literatura infantil e juvenil. Confira aqui, no Saraiva Conteúdo.
Foto: Tomás Rangel
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