sábado, 28 de fevereiro de 2009

Entrevista sobre cordel















1. O que é Cordel?

Se você me perguntou
A resposta vou lhe dar
O cordel é poesia
Da cultura popular
Também chamado livreto
Dependendo do lugar

2. Qual a origem do Cordel?

O Cordel como sabemos
Teve origem em Portugal
Chegando aqui no Brasil
No tempo colonial
Ganhou fama no Nordeste
Tornou-se nacional

3. Por que se chama cordel?

“ Dizem que o nome cordel
Vem lá dos tempos passados
Quando os poetas vendiam
Seus livros dependurados
Em cordinhas ou cordões
Nos burgos mais afastados

4.Tem essa literatura em outros lugares

A cultura não tem pátria
Espalha-se por toda parte
Cada povo tem um jeito
De criar e fazer arte
Do ocidente ao oriente
Este saber se reparte

5.Como se faz um Cordel?

O cordelista Monteiro
Já ensinou a lição
Como fazer um cordel
Com bastante perfeição
Se você quer a aprender
Estude com atenção

6.E é fácil fazer um cordel?

Aí mora a diferença
Que agora vou lhe dizer
Muita gente empilha frases
E acha que sabe fazer
Um verdadeiro cordel
Sem regras obedecer

7.E que regras têm o Cordel?

Essas regras devem ser
Com cuidado observadas
Os versos de cada estrofe
Tem as sílabas contadas
Que não são gramaticais
Mas poéticas chamadas

8 Qual a diferença de sílabas gramaticais e poéticas?

“Sílabas poéticas diferem
Das sílabas gramaticais
Porque a poética engloba
Uma, duas, três vogais
Unindo um nome ao seguinte
Os sons é que são vitais”

9 Quantas sílabas tem os versos de um cordel?

Os versos têm sete sílabas
Cantadas ou mesmo lendo
É só contar nos seus dedos
Que você vai aprendendo
Sem esquecer os detalhes
Como agora estou fazendo

10. Quais são os detalhes dessa contagem de sílabas de um cordel?

Precisa muito exercício
E também muita leitura
Dos cordelistas famosos
Com essa literatura
Quando compõem os seus versos
Sem perder a compostura

11. E sobre as rimas o que pode dizer mais?

As rimas são preciosas
Havendo sonoridade
Juntando oração e métrica
O cordel tem qualidade
Fora disso com certeza
Perde a musicalidade

12. E existem cordelistas ou trovadores analfabetos?

Meu amigo vou dizer
Que este fato é verdadeiro
Patativa foi um deles
E não foi o derradeiro
Outro exemplo Zé da Luz
No cenário brasileiro

13. E como é que eles fazem para fazer as suas poesias ou versos?

Este segredo não sei
Como vou lhe responder
Foram mestres respeitados
Sem saber ler e escrever
Se destino ou vocação
Só mesmo Deus pra dizer

14. E sobre a forma do cordel? É única?

O cordel tem muitas formas
Depende da ocasião
Que preferir o poeta
Para a sua produção
São estilos diferentes
Que enriquecem a criação

15. Pode dar alguns exemplos dessas formas de cordéis?

Tem martelo agalopado,
Desafio, coco e mourão
Mote, glosa, cantoria
Gabinete, quadra e quadrão
Romance, peleja, debate
Na feira, praça ou salão

16. Qual a diferença entre um Cordelista e o Repentista?

Você faz boa pergunta
E a resposta será dada
Chama-se quem só escreve
Cordelista de bancada
Repentista, se improvisa.
Não precisa escrever nada

17. Quais são os temas dos cordelistas?

Cordelista que se preze
Canta tipos populares
Cangaceiros e políticos
Dos mais diversos lugares
Beatos, putas, larápios
Com seus versos singulares

18. E os repentistas cantam o quê?

Eles são bons de improviso,
Só escolher a temática
Uns com versos na capanga
Outros cantando na prática
No debate o desafio
Demonstrando sua tática

19. Os cordelistas cantam o amor?

Muitos deles já cantaram
As mais famosas paixões
Dos príncipes e princesas
De variadas nações
Ou tragédias sertanejas
Vividas por gerações

20. Cite os cordelistas mais famosos

Isso não posso fazer
Em razão da quantidade
Monteiro já elegeu cem
Isso é menos da metade
Espalhados no Brasil
Com a mesma qualidade

21. Pode citar alguns cordéis famosos?

Isso também é difícil
Assim mesmo vou tentar
O Pavão Misterioso
Famoso em todo lugar
Cego Aderaldo e Pretinho
Peleja de arrepiar
22- Tem mais alguns que possa citar?

A do Príncipe Formoso
De Malazarte e Canção
Princesa da Pedra Fina
No cangaço, Lampião
Vicente Rei dos ladrões
Rosinha e Sebastião

23. Faça um verso pra terminar

Agradeço aos meus ouvintes
Pela sua paciência
Aprendendo essas lições
Demonstraram inteligência
E que Deus proteja a todo
Com a sua Onipotência

José Walter Pires
Julho/2005

Publicado no Recanto das Letras em 08/10/2008

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Confira

Entre um respiro e outro na execução das ilustrações de meu livro As esquisitices de Aralice (Salesiana/2009)passeio pela internet pesquisando novidades publicadas sobre a FLIPIRI. Minha satisfação foi receber um e-mail da ilustradora Sandra Ronca a dica de que a queridíssima Cristiane Rogério, do blogue Ler para Crescer incluiu no seu post regular Sexta de três meu livro Casa Botão. Confira no blogue da Cristiane, aqui.

Ainda navegando,descobri um trabalho realizado com o mesmo Casa Botão (Editora DCL/2007), ilustrado pela Ellen Pestili. Deem uma espiada aqui, e confiram o que as crianças do Espaço Múltiplo do Petrópolis Tênis Clube em Porto Alegre/RS aprontaram a partir da leitura do livro.

E tem mais. Aqui, no Café do Richard, um comentário que muito me emocionou. O Richard escreve em seu blogue sobre o Judiciário de Goiás, mas eventualmente como ele expressa em seu blogue "Vez ou outra - desde que seja conveniente aos visitantes deste endereço - pendurarei notas sobre assuntos outros que possam merecer sua atenção ou curiosidade, seja qual for o motivo." Ao comentar a Iª FLIPIRI, Richard escreveu "Dos vários registros fotográficos que fiz, resolvi trazer pra cá esses quatro que você vê acima, para mostrar como é fácil, com pouco, fazer muito pela infância de crianças que quase sempre não gozam de oportunidades culturais."


E aqui, no blogue da Alessandra Roscoe (na foto contando O jacaré bilé)a escritora, cantora e jornalista comenta a respeito da Iª FLIPIRI e das inúmeras atividades que fizeram a alegria da comunidade de Pirenópolis/GO. Aliás, o blogue da Alessandra agora faz parte da nossa rede de histórias. Chama-se Contos, cantos e encantos. Apareça por lá e se encante!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Um carinho...

...que recebi dos roedores mais roedores de livros que já conheci. Aqui, ó.

Explico: roedores no melhor sentido da palavra, pois a Ana e o Tino leem muito, mas muito mesmo e fazem multiplicar essa vontade em meninos e meninas de Ceilândia, uma cidade satélite de Brasília.

Obrigado pelo carinho que vem desta fonte inesgotável de poesia e amor que fazemos, escrevendo com as palavras ou imagens!

Além do carinhoso post em referência ao meu trabalho, acabo de receber a foto que os roedores fizeram após minha participação na Iª FLIPIRI. A foto registra o instante em que carimbei Ignácio de Loyola Brandão com o símbolo dos "Rinos", imagem criada pelo ilustrador Guto Lins e que tatuei para marcar meus dez anos de literatura e meu décimo livro publicado E um rinoceronte dobrado (Editora Projeto/2008). Utilizo um carimbo com a mesma imagem para "batizar" as crianças que moram no coração de todas as gentes. Ignácio insistiu que, ao carimbá-lo eu proferisse o texto usual do rito: eu te batizo em nome dos rinoceronte dobrados. Então, está aí, Ignácio foi batizado!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O que veio na sacola da FLIPIRI

Não adianta! É irremediável! Quem gosta de livros sempre sai de uma feira, evento de literatura, encontro, com a sacola cheia. Compra-se uns, ganha-se outros. E Lê-se muito! Vejam o que eu trouxe na minha sacola ao voltar de Pirenópolis/GO:
A história rocambolesca de madame Valesca, de Jonas Ribeiro. Ilustrações de Tatiana Paiva. Editora Callis/2008.
A menina que pescava estrelas, de Alessandra Roscoe. Ilustrações de Beatriz Roscoe. LGE Editora/2006.
Deu rato na biblioteca, de Célia Madureira e Raquel Gonçalves. Ilustrações de Zé Regino. LGE Editora/2006.
Julia e os balões, de Marco Coiatelli. Ilustrações de André Neves. R&F Editora/2006.
O caso enrolado do menino calado, de Jonas Ribeiro. Ilustrações de Fábio Sgroi. Editora Salesiana/2008.
O jacaré bilé, de Alessandra Roscoe. Ilustrações de Ítalo Cajueiro. Editora Biruta/2008.
O jardim encantado, de Alessandra Roscoe. Ilustrações de Beatriz Roscoe. LGE Editora/2007.
O menino que vendia palavras, de Ignácio de Loyola Brandão. Ilustrações de Mariana Newlands. Editora Objetiva/2007. Com este livro Loyola recebeu o Prêmio Jabuti 2008 na categoria Melhor livro de ficção. Eu já o tinha, mas não perderia por nada a oportunidade de tê-lo com autógrafo do autor, por isso adquiri outro.
O romance do vaqueiro, de João Bosco Bezeera Bonfim. Ilustrações de Abraão Batista. LGE Editora/2006. Lamentei não ver na capa e na folha de rosto o nome do ilustrador.
Longe-Perto, de Vera Lúcia Dias. Ilustrações de Romont Willy. Editora Elementar/2008.
Um amor de miau, de Clara Rosa. Ilustrações de Romont Willy. Editora Elementar/2008.
O engenho de Zé Lins, não é um livro, mas um documentário realizado pelo renomado cineasta e documentarista nascido em Itabaiana/SE, Vladimir Carvalho. Assisti ao documentário no Cinema Pereneu e à saída da sessão não contive o impulso de trazê-lo comigo para rever e emprestar ou exibir aos amigos. Imperdível!

Aguardem, em abril Vladimir estará em Porto Alegre para uma sessão comentada.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ainda a FLIPIRI

Um encontro para ficar na história

Aos poucos coloco em dia as novidades da Festa Literária de Pirenópolis/GO, a FLIPIRI. Abaixo, algumas saudosas imagens e breves comentários. Algumas fotos foram feitas por mim, outras pela Alessandra Roscoe.

O grande homenageado da Iª FLIPIRI, o escritor Ignácio de Loyola Brandão, Prêmio Jabuti 2008 de Melhor livro de Ficção por seu livro O menino que vendia palavras, em sua fala de abertura levou a platéia do riso às lágrimas contando passagens da sua infância, falando da importância de duas de suas professoras em sua escolha pela literatura, e contando seu dia-a-dia nas ruas de São Paulo, onde o inusitado lhe provoca a ouvir curiosas histórias dos transeuntes.

A coordenadora e idealizadora do evento, Ìris Borges, da Distribuidora Arco-íris, emocionada ao fazer a abertura do evento. Ano que vem a Flipiri já tem data, disse ela ao prefeito, segunda semana de março, motivo pelo qual foi ovacionada pela platéia que lotou a Casa de Câmara e Cadeia.

Sessão coletiva de autógrafos dos autores convidados e dos autores da Casa de Autores em frente à Casa de Câmara e Cadeia. Da esquerda para direita, em pé: Vera Lúcia Dias (do Bordelando), Francis Wilker (diretor do Grupo Teatro de Concreto/DF), Marco Miranda, Alexandre Lobão, Ignácio de Loyola Brandão e esposa, Dad Squarisi. Sentados: Alessandra Roscoe, eu e Lucília Garcez.

O povo reunido em frente à Casa de Câmara e Cadeia.

Após a sessão coletiva de autógrafos, junto a uma cabeça enorme de boi representativa às Cavalhadas, a maior parte do grupo de autores do "encontro que vai ficar na história", slogan da Iª FLIPIRI, posa para foto. O menino de azul e branco é o Felipe Roscoe, parceiro inseparável dos livros.

Wladimir Carvalho, realizador do excelente e emocionante documentário O engenho de Zé Lins (trouxe uma cópia em DVD para quem quiser assistir), sobre a vida e obra de José Lins do Rego, ao lado de sua esposa, a escritora da Casa de Autores, Lucília Garcez.

Amigos estimados, Ana Paula e Tino Freitas fazem um trabalho lindo de incentivo à leitura com meninos de Ceilândia, através do projeto roedores de livros. O casal nunca perde um grande evento de LIJ do país. Aliás, quando o Tino tomava nas mãos o seu violão e soltava sua doce voz, os saraus realizados na Pousada Casa Grande não tinham hora para acabar. O link para os roedores,aqui.

Pequenos personagens das Cavalhadas, festa tradicional do lugar, à saída da pamonharia. Os meninos cobram R 1,00 cada para se deixarem fotografar. Na ocasião, foi a primeira vez que degustei pamonha, a convite do amigo e escritor Jonas Ribeiro. Comi pamonha salgada e provei a doce. Ambas, uma delícia!

Ao final de minha primeira participação na Casa de Câmara e Cadeia, com parte do povo amável da Casa de Autores, a Lia do INDI, o Roland da Feira do Livro de Formosa e o Rino, claro, meu companheiro inseparável. Aliás, o Rino anda à espera de sua parceira, a Rina, que logo, logo, chegará para acompanhá-lo e ajudá-lo a carregar tanta poesia registrada em seu casco ao longo de seus oito meses de existência.

Meu agradecimento especial à Editora Projeto e equipe, e à Arco-íris distribuidora, por me proporcionarem esse inesquecível instante, num lugar ideal, com pessoas tão especiais.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Mensagem recebida


Recebi a mensagem abaixo do escritor Eduardo Loureiro Jr., da Casa de Autores, Brasília/DF. Eduardo Loureiro Jr. é graduado em História, mestre e doutor em Educação, pesquisador vinculado à Universidade Federal do Piauí com a pesquisa "Videoformação no processo de desenvolvimento profissional do professor”. Cronista do jornal “O Povo”, foi um dos fundadores do movimento artístico, cultural e literário conhecido como “Labirinto do Pátio”, em Fortaleza. Atualmente, reside em Brasília, por conta da sua função de coordenador de agentes de cultura no Ministério da Cultura. Conheça alguns de seus livros, aqui.

Hermes,

Volto de Pirenópolis após a primeira FLIPIRI. Três dias sem acessar a internet e minha caixa de entrada está lotada. Esse seu e-mail teria sido arquivado sem que eu sequer seguisse o link se eu não o tivesse conhecido pessoalmente e presenciado sua "contação de história" no sábado. Foi a primeira vez que vi alguém contar uma história desde o dedão do pé até o mais alto fio de cabelo.

Parabéns pelo trabalho e pela repercussão. Sucesso sempre!

Eduardo
(passageiro da van Filosofia)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Iª FLIPIRI

A Festa Literária de Pirenópolis/GO, cidade histórica localizada a duas horas de Brasília/DF, foi mesmo uma festa da Literatura. Começando pela fala de abertura do escritor Ignácio de Loyola Brandão - Prêmio Jabuti 2008 (Melhor Livro de Ficção com o livro O Menino que Vendia Palavras) narrando algumas passagens de sua infância e a importância que duas de suas professoras tiveram em sua escolha pela literatura. Aliás, foi para elas que ele dedicou o prêmio Jabuti, contou-nos.

Pirenópolis reserva em suas ruelas o encanto todo especial da arquitetura em estilo colonial e dos vastos quintais que se espicham parecendo querer segurar os morros. Situada no sopé dos Montes Pereneus, a cidade reúne 42 cascatas ao seu redor, além de abrigar o único museu da Cavalhada do mundo. Nas lojinhas se pode adquirir pequenas cabeças de boi artesanais, coloridas, feitas em papier marcher. Lindas, de todos os tamanhos. Trouxe algumas pintadas em fundos de latas de refrigerante, feitas por Dona Elizabete da Adobe (loja de artesanato da Cristiane, gaúcha de Bagé), para presentear amigos.

Foram três dias de festa, começando com a visita de autores às escolas rurais. Já, no centro da cidade, as atividades foram distribuídas no Cinema Pereneu, Casa de Câmara e Cadeia (onde me apresentei), Salão Paroquial e no Coreto da praça. As atividades estiveram sempre lotadas de pessoas ansiosas pela oferta de contação de histórias, bate-papos com escritores, palestras, oficinas, filmes, teatro, dança, mímica e livros, muitos belos livros.

Um dos momentos mais emocionantes, com certeza, foi assistir ao documentário O engenho de Zé Lins, realizado por Vladimir Carvalho. O longa traça o perfil de José Lins do Rego, a partir de sua infância no ambiente que o imortalizou em romances como Menino de engenho, ligados ao ciclo da cana-de-acúcar, até a sua maturidade. Imperdível!

Ficamos hospedados na Pousada Casa Grande, um recanto silencioso e apaziguador, exceto quando fazíamos os saraus noturnos, quando entre um papo e outro, ouvíamos a voz doce do músico e escritor Tino Freitas dos Roedores de Livros (DF), as melodias infantis da escritora Alessandra Roscoe, as histórias narradas por Célia Madureira (Ratos de Biblioteca), contações de histórias com este que vos escreve e com o escritor Jonas Ribeiro. O ruído acontecia, mas era um ruído tão belo que acabava por conferir mais beleza ao silêncio característico do lugar.

A Casa de autores, selo criado pela Distribuidora Arco-ìris, levou alguns de seus autores para encontros com o leitor. Cada um com sua peculiaridade, suas histórias, seus jeitos e entusiasmo de estarem mergulhando no universo do escrever para crianças. Na sequência da semana postarei mais comentários e fotos com todos eles.

A Iª FLIPIRI foi uma iniciativa da Íris Borges, proprietária da Arco-ìris e Vice-presidente da CBL. É importante ressaltar o esforço sobrehumano com que Íris se jogou nessa iniciativa, pois plantar uma semente é sempre mais difícil do que colher os frutos. Mas ela o faz com mãos de jardineira habilidosa, experiente. Nós, que lá estivemos, ajudamos a cobrir com um bocadinho terra boa, terra fértil. Agora é esperar, pois vai florir, com certeza. E água não irá faltar, pois com 42 cascatas ao redor, é impossível que a semente não vingue.

Após o último café da manhã, com o salão de refeições em festa, na videira que leva aos apartamentos mamãe andorinha se aconchegou ao ninho para aquecer os ovos. Papai andorinha também andava por ali, recolhendo galhos, para suavizar e proteger a vida que venha a surgir dos ovos. Infelizmente a bateria de minha câmera fotográfica acabou e não pude registrar sua chegada, mas ele estava lá, ajudando a permitir que a Vida surja bela e forte. Esse momento único que presenciamos é outra metáfora da FLIPIRI, não é não?






Em abril, me contaram, acontece por lá a a Festa do Divino. Você vai perder? Informações aqui.

Olha aí, eu no jornal O Estadão!

CONTADOR DE HISTÓRIAS

Quando o escritor gaúcho Hermes Bernardi Jr. desenrola o seu tapete gigante nos parques públicos, é uma alegria só. Contador de histórias dos bons, ele atiça a fantasia de seus interlocutores, crianças de todas as idades. O projeto Tapete Mágico Espaço de Leitura é um espaço de leitura pública, que resgata o ato prazeroso de ler ao ar livre. "Notei que poucas pessoas têm o hábito de levar livros aos parques e, assim, surgiu o projeto." Editoras doaram os 2.500 livros do acervo, disponibilizados em malas, dispostas sob o tapete de 66 metros quadrados.

Leia na íntegra, aqui.

Obrigado leitora Cibele e minha editora Otacília (DCL) que me informaram sobre esta publicação!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Flipiri? Eu vou!



A Iª Festa Literária de Pirenópolis/GO terá como autor homenageado, o ganhador do Jabuti 2008, Ignácio de Loyola Brandão.

Na programação: histórias, filmes, conversas com escritores, oficinas, debates e autógrafos, além de apresentações de mímica, teatro e dança. Tudo isso, tendo como matéria-prima a literatura. Dos 22 escritores da Casa de Autores, 17 vão marcar presença na Flipiri. Estarão presentes também os escritores Hermes Bernardi, Graça Veloso, Jonas Ribeiro e, claro, Ignácio de Loyola.

Entre os filmes que serão exibidos durante a Festa Literária, estão curtas de animação e o mais recente filme de Vladimir Carvalho, reconhecido mestre do documentário: O Engenho de Zé Lins, sobre a vida e a obra de José Lins do Rego.

A Flipiri acontece entre os dias 12 e 15 de fevereiro, na charmosa e histórica cidade de Pirenópolis situada nos Montes Pereneus.