terça-feira, 20 de maio de 2008

Um rinoceronte no Rio de Janeiro

Para quem estiver no Rio, ou passando pelo Rio, fica o convite para vir se desdobrar em poesia com esse rinoceronte. Ele é bem mansinho, viu!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Roendo histórias essenciais

Tino Freitas e Fátima Campillo, contadores e apreciadores de histórias, carinhosamente postaram comentários sobre meus livros e à produção a que me dedico há dez anos: a Literatura infantil e juvenil.

Para saber o que eles "dizem" sobre meus filhotes, passe aqui e aqui.

Dois blogues bacanérrimos: Blogstórias essenciais e Roedores de livros.

Beijo para os dois!

De Guaíba a Sampa

Após chegar da Feira do livro de Bento, fui à Feira do Livro de Guaíba contar histórias em meu projeto Colcha de Histórias. Antes do público chegar, aí estou, me concentrando no texto a ser narrado.

Dona Gelatina, apresentadora da Feira de Guaíba, imitando uma galinha a meu pedido.

O público na arena, à espera da história.

Depois de Guaíba, direto para São Paulo, atender às cianças da 25ª Feria del libro do Co´légio Miguel de Cervantes que adotaram meu livro Casa Botão (Editora DCL-2007)


Minha estréia usando lousa digital. Show de bola! Desenhei, escrevi e me esbaldei com a tecnologia à disposição na sala do 3º ano. Criançada, professores, Rosinha, Denise, DCL, obrigado!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Mostra de ilustrações AEILIJ no Rio



De 21 de maio a 1º de junho acontecerá o 10º Salão FNLIJ para Crianças e Jovens
e o 10º Seminário FNLIJ de LIJ.

Abertas inscrições para a EXPOSIÇÃO de ILUSTRADORES da AEILIJ
Local: Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Inscrições até ao dia 9 de Maio de 2008.

Quem pode participar: associados AEI-LIJ em dia com a anuidade.
Mais informações: thaislinhares@yahoo.com.br

Pinóquio: do tosco à padronização

O presente artigo é resultado de nossos debates na Confraria Reinações. Para quem quiser saber o que é a Confraria, basta clicar aqui.

O vídeo abaixo, foi selecionado por Peter O'Sagae para ilustrar meu artigo publicado originalmente aqui, no site dobras da leitura.




Na apresentação de As aventuras de Pinóquio (Paulinas, 1989), Liliana Iacocca afirma “Pinóquio não é príncipe, não é rei, não é super-herói. É um pedaço de pau que está dentro da gente, dentro de quem quer virar gente.”

Pinóquio está em terceiro lugar no ranking dos livros mais vendidos, como a Bíblia e o Alcorão. A sedução ao texto de Carlo Collodi, cujo nome verdadeiro era Carlo Lorenzini, ficou gravada na memória de muitos leitores através da característica do personagem central, um boneco de madeira que, ao mentir, seu nariz crescia, delatando-o. Mas há mais a investigar nesse texto que se perpetua no imaginário de leitores de todas as idades do que apenas o espaço do certo e do errado no desenvolvimento infantil.

Como bem diz Liliana, Pinóquio é um pedaço de pau que está dentro da gente. Nascemos toscos, sem limites, sem enquadramento no que venha a ser coerente e aceitável como comportamento social. Mais do que um menino egoísta, Pinóquio é uma criança ingênua, começando sua caminhada num mundo repleto de armadilhas a tentá-lo em sua essência primordial, em seu aspecto mais humano: a pureza.

Para se transformar em menino, como é de seu desejo, Pinóquio precisa se aventurar no mundo e descobrir seus limites, como marionete à disposição do joguete social que os adultos lhe impõem — quase como que se lhe dissessem: o mundo é um lugar cruel, injusto até; sobrevivem os fortes, aqueles que se enquadram ou submetem-se ao polimento de sua madeira bruta.

Pinóquio é o indefeso que, para ser “gente”, precisa se adequar ao sistema imposto. Isso fica muito claro na ilustração final, de Nino e Silvio Gregori, da edição a que me refiro: lá está Gepeto moldando uma rica moldura de folhagens. Pinóquio vê-se no espelho, numa sobreposição de imagens difusas, em sua transformação de boneco para menino. Este, em primeiro plano e em cores, a imagem bem definida: roupas de menino bom, com laçarote na gola, cabelos bem alinhados e olhos azuis. O texto final ressalta esse aspecto, sugerindo que a madeira foi polida e, embaixo dela, descoberta sua natureza bela tal qual a perfeição de um ramalhete de flores: — “viu a imagem viva e inteligente de um bonito menino de cabelos castanhos, olhos azuis e com ar alegre e festivo como um buquê de rosas”. Mais adiante, num dos últimos parágrafos, quando Gepeto refere-se às mudanças ocorridas na casa, diz ao menino Pinóquio: — “Porque quando os meninos mal comportados se tornam bons, conseguem dar alegria e felicidade também para a sua família.”

O egocentrismo peculiar à idade, sendo vítima de sua própria essência pueril, é destacado em Pinóquio. Essência essa que o joga no mundo, permitindo-lhe encantar-se por ele, sem temores ou prudência, descobrindo que ser “gente” reside em olhar o outro, em zelar pelo outro — e, para isso, faz-se necessário controlar seus impulsos naturais a fim de enquadrar-se no mundo dos Homens, com seus códigos obscuros e cerceantes da natureza criativa e aventureira.

Pinóquio, antes de ser uma obra moralista a ensinar a ser um menino bom, é uma metáfora do desenvolvimento infantil a fim de contemplar os padrões de comportamento da época (Collodi escreveu sua história, em capítulos, em jornal para crianças, a partir de 1881). Quem de nós, crianças ainda, não abandonaria o caminho da escola para assistir ao Grande Teatro de Bonecos? Quem de nós, crianças ainda, resistiríamos à possibilidade de plantar cinco moedas de ouro e vê-las frutificar em duas mil para ajudar seu humilde pai? Nenhum pedaço de pau que quer virar gente resistiria a essas situações, se não possuísse já dentro de si a humanidade que desejava e, sobrevivente no seu íntimo, mantém intacta a capacidade de se maravilhar com o mundo — lapidando-se no risco da aventura, no erro, nos acertos, nas dúvidas sobre o que não está nas cartilhas escolares, a fim de salvaguardar o bem padronizado da sociedade.

Não se trata de fazer aqui uma apologia à subversão, mas resistir às embalagens impecáveis e sem conteúdo do que se nega o valor da experiência vivida. Talvez, o próprio Carlo Lorenzini quisesse dizer à humanidade que, por mais erros que alguém venha a cometer — e mesmo o autor tendo abandonado o seminário tal qual seu personagem abandona a escola —, todos precisamos de inúmeras chances: basta que estas nos sejam oferecidas com a delicadeza de quem não esqueceu seus tempos de madeira bruta. E, pela urgência dessa postura, Pinóquio continua atual.

Cultive novas idéias! Leia mais!

Pra lá de supimpa a 23ª Feira do Livro de Bento Gonçalves. Por enquanto fiquem com esta pequena mostra dos registros fotográficos. Em breve devo receber outras mais e postarei aqui. Cultive novas idéias! Cultive amigos!Ei-los:





terça-feira, 6 de maio de 2008

Palavras certas na música exata

Notícias do semi-árido baiano

Uma flor brotou no semi-árido baiano. E nós estivemos por lá, regando-a para que cresça forte e resistente às adversidades do tempo.


Alguns de meus oficinandos da Oficina Jogos e brincadeiras na mediação de leitura.

Antônio Torres, excelente escritor e, além disso, o melhor contador de piadas que já conheci. À esquerda, Dilan Camargo, escritor gaúcho e companhia mais que agradável no Encontro e durante a viagem de volta.

Ao som de Paulinho Jequié e Jânio Arapiranga, confraternizamos entre pessoas que pensam, escrevem e produzem literatura. Sentados: Celso Gutfreind, eu, Lúís Ceccantini. Em pé: Afonsina, Cristiane, Dilan Camargo e Dilva.

Adorável, exclusivíssima e solícita monitora, Priscila, que me acompanhou todo o tempo do Encontro.

Xauã e Itamawi, amigos Pataxós.

Trocando presentes. Itamawi recebeu um livro. E eu, um colar de sementes de açaí e coquinhos (em meu pescoço).

Meus oficinandos da Oficina Abracadabra: caixas de contar histórias.


Em entrevista à Yasmim, do Programa Vivendo eu conto do canal Futura.

Recebendo os certificados de participação das mãos de Afonsina, coordenadora do evento, a pessoa que lançou a semente do Encontro à terra.