segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um finalista bem doido!

Meu livro Doido pra voar, da Artes e Ofícios Editora, é um dos finalistas do Prêmio Açorianos de Literatura - Categoria Melhor Livro Infantil. Como diz meu amigo Carlos Urbim, este ano eu mereceria o prêmio de autor mais indicado a prêmios (risos).

Parabéns para minha editora, Elaine Maritza, que acrreditou mais do que eu neste texto. Se há algum mérito, com certeza, é dela, por ter me tranquilizado e apostado na publicação. Eu o considero um desafio, por ser um tipo de narrativa com a qual eu não estou familiarizado (minhas publicações anteriores são mais curtas, dirigidas aos pré-leitores e leitores iniciantes - narrativas não menos difíceis de realizar, mas com as quais tenho mais facilidade) e com a qual ainda estou me testando. A indicação do Doido pra voar é um sinal de que estou no caminho, aprendendo, me renovando.

Minha amiga Rosana Rios, escritora com mais de cem títulos publicados, me enviou um e-mail afirmando que "...ele é maraaaaaaaaaavilhoso! Olha, fiquei feliz em ver como você está crescendo como autor. Seu texto sempre foi bom, a Criatura e o Rinoceronte são histórias deliciosas, mas este tem uma qualidade especial, uma sensibilidade, um jeito de envolver o leitor, que me deixou boquiaberta!"

No livro, narro a história de um menino solitário, o Caio Fernando, que reiventa o mundo no fundo do pátio de sua casa, lá no interior, numa cidadezinha chamada Passo da Guanxuma (referência à cidade criada por Caio Fernando Abreu, em seu romance inacabado). O personagem preenche o vazio de amigos com brincadeiras inventadas, e aprende a desenhar mapas observando as galinhas ciscarem alimento no terreiro do galinheiro. Um dia, porém, Caio Fernando vai morar em uma cidade grande, onde a lógica das relações humanas se dá através do computador, da Internet. Onde os meninos não brincam juntos. A solidão continua. Ele não compreende essa nova lógica e fará de tudo para atrair Dudu (personagem de um dos contos de Caio Fernando Abreu) - colega de escola e maníaco por computadores - a embarcar numa viagem imaginada, mesmo que seja dentro do apartamento, entre as paredes de seu quarto. E nessa brincadeira, distante das vitrinas e paredes virtuais, talvez eles encontrem um lugar onde possam ser apenas meninos brincando de ser... meninos que não se esqueceram como é bom brincar junto.

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3 comentários:

Fátima Campilho disse...

Fiquei feliz!
Comemore, meu amigo escritor, mais esta indicação.
Se não fossem as nossas doidices cotidianas, jamais alçaríamos voo e não chegaríamos a lugar nenhum.
Você já fez a sua parte,isto é, criou a história e lançou o livro. O resto, meu lindo, não mais lhe pertence.
Abraços

Fátima Campilho disse...

Acho que ando sonolenta demais.
Ontem deixei um comentário e, sei lá. Vejamos se me lembro.
Nossas doidices são necessárias para alçar voo e alcançar as estrelas. Você fez o mais importante, criou a história e compartilhou com todos. O resto, meu lindo, é "intriga da oposição"!
Sucesso!
Torço sempre por você.
Abraços

Alessandra Roscoe disse...

Cadê você? Anda viajando muito para receber todos os seus prêmios, é? Trate de achar um tempinho pra apoiar a campanha que comecei lá no blog, mas tem que manifestar o apoio em forma de comentário!

beijo,